Dia 2 - A Missão.

Dia 2 - A Missão.

Olá, se você não leu o relato do primeiro dia, clique aqui. Caso contrário, pode seguir em frente.

Pois é, com o final do primeiro dia eu fiquei muito empolgado, estava muito contente com meu desempenho, mas mais que isto, eu estava me sentindo super bem, pular de pedra em pedra, correr na água, subir barranco isto me deixou muito bem.

Para conseguir ir para Floripa na sexta a tarde, tive que deixar as coisas na empresa todas adiantadas, afinal, não da para perder meio periodo de serviço. Para isso, trabalhei até muito tarde na quarta e atravessei de quinta para sexta trabalhando, com isso de sexta para sábado dormi como uma criancinha.

Porém como estava extremamente empolgado com a corrida que fiz no sábado, eu não relaxei, fui dormir muito tarde no sábado, na verdade domingo, afinal eram 3 horas da manhã e eu ainda continuava a ler um conto do Sherlock Holme no meu IPad.

Poucas horas depois, três para ser mais exato, eu acordei e fui tomar café, a largada seria as 7 da manhã.

Sim, eu corro com tudo isso!

Café da manhã tomado, voltei para o quarto e tomei mais um banho para despertar de vez e comecei a me montar. Eu gosto muito de corrida, eu gosto mais ainda de gadgets tecnológicos, se da para juntar os dois tenho o evento perfeito, sincronizei o monitor cardíaco bluetooth da polar com o meu celular Nokia E71, ativei o aplicativo Sports Tracker, com isso, da para traçar todo o percurso, verificar altimetria, minha velocidade e meu esforço através dos batimentos cardiácos. Olha que bacana o resultado. Conectei também um GPS bluetooth com o meu Ipod, ativei o sistema Nike+, desta forma corria escutando música e a cada 1 km, recebia as informações de quanto havia corrido, o pace médio, e o tempo. Estes detalhes não me fazem correr nem mais rápido, nem mais devagar, mas de conseguir registrar estas coisas, e compartilhar em tempo real via twitter e facebook é uma diversão a parte, ser Nerd é uma beleza!!!

Voltando a corrida. Aqui é estranho, ver as duzentas pessoas na largada do segundo dia é estranho, o clima é  misturado, a felicidade de correr mais 42 em locais muito bonito, mas a preocupação de ter que correr mais 42km com corpo ainda dolorido do esforço dia anterior.

Falando por experiência própria, o problema são os 2 primeiros km depois destrava e fica tudo certo.

Novamente o Leandro iria largar, encarar 1 km de Duna, trilha, costão, praia, a Pedra da Galeta e por fim o costão da Barra. Neste dia o cara tava bem, correu bem, não passou mal e teve mais uma vez a chance de ver uma das paisagens mais linda da Ilha a visão 360 do topo da pedra da Galheta é para poucos felizardos!

Marina, Sempre junto!

Lá embaixo estava eu, a Mariana e a Andréa esperando nosso treinador, para descontrair ficamos conversando com o pessoal da Treiner. As meninas da equipe feminina estavam divertidíssimas, foram muitas risadas esperando o pessoal. O Leandro chegou bem e passou a bola para a Mariana, que encarou uma longa praia pela frente. Fomos para o Costão do Santinho esperar a menina.

Chegando no posto de troca ficamos batendo papo e eu resolvi ir ao banheiro. Surpresa. Não tinha banheiro. Pensei: "Vou entrar no Resort". Caminho no sentido da entrada e placas gigantescas avisam, "Entrada somente permitida para Hóspedes e Proprietários". Pensei novamente: "Ferrou".
Tinha três alternativas. 1º Não iria ao banheiro, 2º Adotaria a tática Paulo Coelho e me tornaria "Invisével" passando despercebido pelos funcionários ou 3º Tática Capitão Nascimento, estufaria o peito, faria cara de mau e que ninguém venha falar comigo. É óbvio que escolhi a opção 3 e é obvio que deu certo. Poxa, olha o bigode que eu estava. Ninguém chegou nem perto e na entrada do hotel eu até escutei um "Bom dia Senhor". Fiz o que tinha que fazer e voltei ao posto de troca.

A Mariana correu super bem, inclusive o final do seu trecho onde ela passa pela trilha do costão do Santinho, lugar muito bonito com várias pinturas rupestres que valem ser contempladas com calma.

Refrescando

Saí correndo, apesar de ter dormido pouco, ainda estava pilhado, e logo fui informado pelo Nike+ que estava em um pace de 4:30 por km na areia, pensei a é o primeiro km to com gás, fiquei mais feliz quando isto se repetiu no segundo e terceiro. a partir do 4 não dava mais por que tinha que atravessar uma montanha.  no km 6, quando estava na praia novamente voltei a correr para baixo de 5. Tudo lindo tudo maravilhoso e chegou a parte mais difícil da prova, o último costão. Aqui a coisa é complicada por ser perigosa e não difícil, tem que correr mais lento, pois você esta em pedras, se cair é mar. Fui bem neste ponto, corri com segurança e vale destacar aqui a quantidade de pessoas de apoio da Ecofloripa, tinha várias pessoas indicando o caminho e em todos os pontos de maior perigo havia um bombeiro para prestar socorro caso houvesse necessidade.

Ao passar o último morro lá de cima já dava para ver o posto de troca, isto te da mais gás para chegar ao fim. Como esperado, cheguei muito bem, e passei a bola para o Leandro fechar.

Dificuldade

No posto de troca, como em todos os outros, tudo muito bem abastecido, tinha Coca Cola, água, gatorade, sopa, paçoca, bolacha, melancia, laranja e banana para os atletas, mais uma vez, é bacana esta preocupação da organização, eles sabem que esta é uma das provas mais difíceis do Brasil e o participante tem que receber o melhor apoio possível. E isto é feito com louvor.

Fomos para a chegada e aqui tudo é festa. o clima é ótimo, foi estranho este ano é que não tinha Praia. Por uma maré alta, a água do Mar chegou até a entrada do hotel, tiveram que montar o pórtico de chegada na parte superior. Sem problemas, deu tudo certo.

Conversamos um pouquinho, parabenizamos os que já haviam completado a prova e logo depois chegou o Leandro, correndo pela a água, para subir a escada e cruzar o pórtico. Neste ponto, Eu o Leandro e a Mariana nos abraçamos e festejamos a vitória!

Merecida Medalha

Uma contraste muito bacana de ver no final do segundo dia é que o  povo está no bagaço no hotel, todo mundo sentado ou na mesa de massagem, mas uma coisa é comum a todos, o sorriso gigante no rosto por ter vencido os 84km de Praias e Trilhas.

2011 eu volto, O se volto!!!